25 de setembro de 2009

Ruptura da Bolsa

O que significa a ruptura da bolsa?
Denomina-se ruptura de membranas à ruptura da bolsa das águas na qual se encontra o feto imerso no líquido amniótico. Esta ruptura pode produzir-se de forma espontânea, ou artificialmente quando a bolsa é rota durante o trabalho de parto.
Como me apercebo de que rompi a bolsa?
Quando se produz a ruptura da bolsa, um líquido quente começa a fluir bruscamente entre as pernas e diferentemente da urina nenhum esforço será útil para retê-lo. A coloração é habitualmente clara. A quantidade pode ser variável, e depende do tamanho e da localização da ruptura: quando é alta, a perda geralmente é escassa; em troca, se a ruptura é baixa, o fluído pode ser mais abundante.
Se a bolsa se rompe, tenho de ir a correr para a maternidade?
Sim, mas sem urgência. Se a ruptura das membranas se produz no término da gravidez (entre as semanas 37 e 41), na maioria dos casos pode esperar o início espontâneo do trabalho de parto durante as primeiras 24 horas, o que implica que de forma ordenada se pode ir planificando o internamento na maternidade.
Mas atenção:
Se o líquido tem uma cor esverdeada, acastanhada ou ensanguentada, ou odor desagradável, deverá deslocar-se para a maternidade com maior urgência, perante a possibilidade de que exista uma infecção das membranas, sangramento intra-uterino, ou mecónio fetal.

4 de setembro de 2009

MASSAGEM É CARINHO

Os benefícios das massagens
Os bebés adoram ser abraçados, que lhes façam cócegas e que tomem conta deles. Mudar a fralda e dar banho ao seu filho são momentos especiais para passar tempo com ele e ligar-se a ele. Uma massagem pode tornar-se um desses momentos de partilha.
Na medida em que acalmam, as massagens proporcionam ao seu filho uma sensação de bem-estar.
No útero, o seu bebé consegue sentir todas as carícias que são feitas na barriga da mãe. Após o nascimento, a massagem é uma forma de fazer com que o seu filho experimente de novo estas sensações e de sentir que não é apenas uma extensão da mãe, mas que possui um corpo que é só seu.
O contacto pele com pele ajuda o bebé a aliviar as tensões e a descontrair-se. Os movimentos sobre o corpo inteiro do bebé tonificam a reforçam a vitalidade. As massagens ajudam na digestão. A massagem pode também induzir um sono tranquilo e criar um ambiente seguro e sereno. Este é um momento de ternura a partilhar, uma troca mágica entre você e o bebé.
Massajar o seu bebé
Para massajar o seu bebé, você tem de se sentir bem. Se estiver tensa, o seu bebé vai sentir e não vai gostar de ser tocado. Idealmente, deve massajar o seu filho ao final do dia, imediatamente antes da hora do banho, para ajudá-lo a libertar-se das tensões acumuladas durante o dia. Depois de cobrir as mãos com óleo para bebé ou creme hidratante, inicie a massagem.
Da primeira vez, não se preocupe demasiado em massajar o corpo inteiro. Se não estiver familiarizado com as massagens, o seu filho pode mostrar-se surpreendido ou ansioso. O contacto tem de ser mais firme do que uma carícia e a pressão por si exercida tem de ser estimulante. Tranquilize-o falando-lhe ou cantando-lhe, mantendo sempre uma mão sobre ele. Observe cuidadosamente o seu filho, olhe-o nos olhos e ouça-o a palrar; o seu filho está a comunicar consigo.
A barriguinha
Coloque a mão esticada sobre a barriguinha do bebé. Depois, com suavidade, faça círculos grandes no sentido dos ponteiros do relógio. Tente não empurrar para baixo, use apenas o peso da sua mão. Se o seu bebé tiver cólicas, massaje a barriguinha de cima para baixo, alternando as mãos num movimento de varrimento. Acabe a sua massagem colocando a palma da mão esticada contra a barriguinha. Massajar a barriguinha pode também aliviar alguns problemas de digestão menores (obstipação e cólicas).
Pernas
Inicie a massagem com movimentos calmantes. Suba até cima pela parte de dentro da perna e desça pela parte de fora. Repita várias vezes esta acção e depois descreva movimentos circulares, como pulseiras à volta da perna do bebé, até à parte debaixo dos pés. Massajar as pernas do seu bebé vai ajudá-lo a sentir-se extremamente descontraído, já que o habitual é estas estarem para cima ou muito agitadas.
Peito
Deslize as mãos até às axilas do seu bebé e deslocando-as para os lados. De seguida, passe as mãos outra vez para o peito e comece de novo. Se o seu filho abrir os braços, continue o movimento para baixo e para as extremidades dos dedos. Esta massagem abre o tórax e ajuda a respirar.
Massajar os pés
Massaje os dedos dos pés um a um, incluindo o espaço entre eles. Com os polegares, dê umas quantas pancadinhas na parte debaixo dos pés e depois, massaje do calcanhar à base dos dedos. Repita o gesto algumas vezes, massajando ambos os pés ao mesmo tempo, o que vai descontrair o seu filho e criar uma sensação de bem-estar.

Termine a massagem acariciando o rostinho do seu bebé e envolvendo-o num terno abraço.

17 de agosto de 2009

Como fazer com que o seu bebé durma a noite toda?

O sono é um fenómeno fisiológico, mas o processo de dormir é uma conduta aprendida. Para que o seu bebé tenha um bom hábito de sono e se converta num grande dorminhoco, deve ensinar-lhe algumas coisas. Não é difícil. Só necessita de um pouco de constância, grandes doses de paciência e quatro bons conselhos. O seu bebé não tem de ter problemas de sono. O importante é ajuda-lo, desde os primeiros meses, a ter um bom hábito de sono. Há um método muito eficiente que é importante adoptar o quanto antes.
Recém-nascido
O sono de um recém-nascido é anárquico, ele não distingue entre o dia e a noite e dorme as horas que necessita. Devemos respeitar esse ritmo próprio, mas existem algumas coisas que pode ir fazendo:
Quando acorda a chorar não lhe dê logo a comida. É muito importante que o seu bebé aprenda a dormir sozinho.Ensine-o a diferenciar os momentos em que está desperto daqueles em que está dormindo
Desenvolvimento do bebé dos 3 aos 6 meses.
A partir dos 3 meses, o bebé começa a alargar o sono nocturno. Este é um momento muito importante para incutir-lhe um bom hábito de sono. É muito conveniente reforçar o ritual diário prévio ao momento de descansar, para que seja cada dia igual.
A rotina diária a seguir pode ser do seguinte tipo:
-» Banho -» Pijama -» Comida -» Canção -» Chupeta -» Berço -» Sono.
É
fundamental que aprenda a dormir sozinho. Se deixa-lo no berço a chorar, espere um minuto antes de entrar e consola-lo. Se o bebé voltar a chorar, repita o mesmo mas desta vez espere dois minutos antes de entrar. Se a história se repetir vá alargando gradualmente o tempo antes de entrar no seu espaço. Seguramente, num par de semanas, o seu filho acabará por aprender a dormir sozinho.
Outras coisas importantes:
Para que durma sozinho ajuda que os seus "objectos favoritos" estejam com ele.Assegure-se que está cómodo.Deita-lo e desperta-lo sempre a mesma hora.Não lhe dê comida na mesma habitação onde dorme. Passe um bocado agradável e carinhoso com o seu filho antes de deita-lo. Despeça-se sempre com a mesma frase: "Dorme bem", "Bons sonhos", etc. Mostre segurança no que faz. A sua segurança tranquiliza o seu filho.
Desenvolvimento do bebé dos 6 meses para adiante
A partir dos 6 meses, o seu filho deve ter o seu ritmo de sono e de comida bem estabelecido. Durante este período é importante seguir com a rotina prévia no momento de ir dormir e respeitar sempre os mesmos horários.

11 de agosto de 2009

Gravidez na Adolescência

Uma gravidez na adolescência implica um duplo esforço para a jovem adolescente.
O que significa uma gravidez na adolescência?
A adolescência assume-se como um importante período da vida, que corresponde a diferentes tomadas de posição sentidas ao nível social, familiar e também sexual. A puberdade marca o início da vida reprodutiva de rapazes e raparigas, sendo caracterizada por mudanças fisiológicas e psicológicas. Uma gravidez na adolescência implica um duplo esforço de adaptação fisiológica e uma conciliação de duas realidades que convergem num único momento: estar grávida e ser adolescente.
Como saber se estou grávida?
Se existiram relações sexuais desprotegidas e a menstruação não apareceu na altura devida, não vale a pena entrar em pânico, mas também não deve ignorar a situação. Deve sim, fazer um teste de gravidez e aí, de acordo com o resultado, reflectir sobre as decisões mais apropriadas, sempre com o apoio de alguém em quem se confia. É essencial considerar que uma criança precisa de afecto, amor e disponibilidade total durante vários anos. Existem muitos serviços anónimos, confidenciais e gratuitos (por exemplo: consultas de atendimento a jovens nos centros de saúde, linhas telefónicas de apoio e encaminhamento nesta área, etc.) que podem ajudar os jovens neste momento difícil.
Quais são as principais queixas apresentadas pela jovem grávida?
Dificuldade na relação com os pais: desapontamento, culpas e acusações poderão ocorrer aquando da chegada da notícia;Dificuldade na relação consigo própria, na integração da gravidez e da expectativa da maternidade nos seus projectos e interesses de adolescente;Receio de possíveis alterações no relacionamento com o seu namorado;Dificuldade em conseguir gerir a relação com o seu grupo de amigos;Dificuldade em encontrar um espaço onde se sinta confortável para falar sobre os seus medos e dúvidas face à situação vivida.
Qual a forma de tornar toda esta situação mais fácil?
Se a família e as pessoas mais próximas da adolescente que engravida forem capazes de acolher a notícia com compreensão, harmonia e respeito, a gravidez tem maior possibilidade de decorrer sem problemas e até de forma gratificante. A jovem deve ser apoiada na tomada de decisões e o seu bem-estar afectivo é fundamental. A adolescente tem necessidade de exprimir e partilhar sentimentos sem se sentir julgada, antes compreendida e aceite. Deverá possuir conhecimentos que lhe permitam compreender a maternidade e aceitar as mudanças corporais inerentes. Para isso, deverá ser inserida num programa de cuidados pré-natais adequados. A gravidez na adolescência é, enfim, um problema que deve ser levado a sério e que não deve ser subestimado nem pelos adolescentes, nem pelos educadores e professores. É possível manter os comportamentos normais na adolescência, continuar a sair com os amigos e namorar, mas de forma diferente, mais ponderada.

14 de julho de 2009

Musicoterapia

A musicoterapia utiliza a música e os seus elementos para facilitar e promover a comunicação, aprendizagem, mobilização, expressão e outros objectivos terapêuticos. A terapia começa a ser utilizada também nas grávidas para garantir proximidade e uma melhoria da qualidade de vida para o bebé e para a mãe.
A aprendizagem começa dentro da barriga da mãe. Os sons e ritmos ouvidos ainda no útero podem conter informações para o desenvolvimento de cérebro do bebé.
Os sons externos começam a ser ouvidos pelos bebés a partir da 16.ª semana. A audição é o primeiro sentido a despertar. A partir da 20.ª semana começa a reagir aos sons e na 25.ª já reconhece as diferenças entre eles.
Quando ouvir uma música, que é ouvida também pelo bebé, deve fazer uma escolha cuidada. Deve preferir uma música que lhe transmita boas sensações, para que estas passem para o bebé.
A harmonia da música é muito importante.
Opte pelas músicas calmas, melódicas e sem grandes discrepâncias de som. A música clássica é uma boa opção, mas convém que mantenha sempre a mesma linha e não tenha mudanças bruscas.
Há músicas que por serem mais agressivas podem não alcançar o objectivo terapêutico. O rock, por exemplo, pode não ser muito interessante para o bebé, mesmo que a mãe goste muito.
O feto precisa de harmonia e equilíbrio emocional. Só mais tarde a criança começa a gostar de outro tipo de músicas mais rítmicas e divertidas para dançar.