27 de outubro de 2010

A parteira Rosamaria


Vai até à Guiné-Bissau em missão por dois meses no âmbito da doação do equipamento da Maternidade Mariana Martins em consequência do seu encerramento.
O equipamento foi doado para a Casa Emanuel na Guiné-Bissau.

Por isso venho aqui deixar um abraço grande cheio de afecto por todas as que tem passado pelas aulas de preparação para o parto e também para as que apenas visitam o blog.

Cuidado com a alimentação e não esqueçam que a grávida até ao final da gestação só deve engordar 9 kg

Até breve

31 de agosto de 2010

Deslocações e viagens

Quando a gravidez evolui sem problemas, não existe qualquer inconveniente em efectuar deslocações urbanas ou viagens de longa distância, embora seja necessário adoptar certas precauções para minimizar o desconforto e, sobretudo, para prevenir acidentes que possam ser perigosos tanto para a mulher como para o feto em desenvolvimento no seu ventre. Por exemplo, no meio urbano, é preferível evitar as horas de ponta, quando as aglomerações, a pressa e os níveis de contaminação são mais elevados, Em relação às viagens longas, para além das limitações físicas consequentes de certos meios de transporte, como é preciso ter sempre em conta que a partir do sétimo mês existe a possibilidade de um parto prematuro, deve-se considerar aspectos como o estado geral da futura mãe, as características do meio de transporte a utilizar e o itinerário a percorrer. Dado que a única contra-indicação para as viagens é o perigo de aborto, deve-se sempre efectuar um adequado repouso, embora em caso de mal-estar motivado por outros factores convém que as mulheres grávidas limitem as viagens ao estritamente imprescindível, Como uma deslocação curta num carro é, obviamente, diferente de uma longa viagem de comboio ou de barco, deve-se efectuar alguns comentários sobre os diferentes meios de transporte,
Bicicleta. Embora seja um meio de transporte prático, a bicicleta não é a forma ideal de deslocação ao longo da gravidez, sobretudo a partir do quarto ou quinto mês - para além de exigir esforços musculares e submeter o corpo a vibrações, implica um certo risco de queda que, mesmo que ligeira, pode ter consequências imprevisíveis para o feto.
Motociclos. A utilização de qualquer veículo motorizado de duas rodas é igualmente pouco aconselhável, já que, para além de existir sempre o evidente perigo de quedas graves, obriga tanto o condutor como o passageiro a manter uma posição desconfortável.
Automóvel. O automóvel é o meio de transporte ideal para a mulher grávida se deslocar na cidade ou em trajectos curtos, desde que se evite a condução acelerada e os trajectos com buracos ou empedrado. A mulher deve levar sempre o cinto de segurança, passando-o por cima e por baixo do abdómen, já que a compressão do ventre é muito menos perigosa do que as eventuais consequências de um traumatismo. Embora também se possa recorrer ao automóvel para percorrer distâncias longas, deve-se tomar certas precauções. Por um lado, a condução deve ser prudente e tranquila, de modo a evitar tanto as acelerações bruscas como as travagens, devendo-se igualmente escolher os itinerários menos sinuosos e as estradas mais seguras. Por outro lado, deve-se dividir o trajecto em várias partes, a mulher deve adoptar uma posição cómoda, o mais deitada possível para limitar ao máximo a compressão do ventre, sendo aconselhável que se pare de duas em duas horas para esticar as pernas,
Na última fase da gravidez, convém consultar com antecedência o médico antes de optar por realizar uma viagem longa de automóvel e deve sempre ter em conta que nunca convém planificar viagens de fim de semana, nem excursões turísticas.
Comboio. Considera-se que o comboio é o meio de transporte ideal para percursos longos, o melhor entre as várias alternativas, Apesar de, por vezes, proporcionar movimentos basculantes, é o veículo mais regular em termos de locomoção, sendo igualmente o menos arriscado em termos de acidentes. Para além disso, a mulher não tem de ficar muitas horas sentada, pois pode levantar-se, caminhar pelos vagões e até deitar-se, caso a viagem seja de noite.
Avião. Embora o avião também seja um meio muito útil para percorrer grandes distâncias, há quem o não considere um meio de transporte ideal para a mulher grávida por vários motivos. Em primeiro lugar, deve-se ter em conta que num avião não se pode interromper a viagem, caso surja algum contratempo, como se pode fazer num comboio em caso de necessidade. Em segundo lugar, o espaço disponível costuma ser reduzido, sobretudo na classe turística, e embora a mulher possa passear regularmente pelo corredor para activar a circulação das pernas, os voos muito longos podem ser muito desconfortáveis, O avião deve ser utilizado, sobretudo, para viagens curtas, devendo-se procurar lugares cómodos,
Embora a maioria das companhias aéreas recuse levar mulheres grávidas a partir do sétimo ou oitavo mês, esta precaução não se deve aos perigos que a viagem possa provocar na mãe ou no feto, mas ao facto de se evitar um eventual parto durante o trajecto.
Barco. Embora o barco seja um meio de transporte muito cómodo, durante a gravidez existe um maior risco de enjoo, já que os medicamentos para a sua prevenção estão completamente contra-indicados nas mulheres grávidas. As viagens de barco devem-se restringir a deslocações breves e sempre em condições climáticas favoráveis que não prevejam mar agitado.

14 de julho de 2010

Função Materna e Paterna

Quando um bebé nasce são muitas as alegrias!!! Finalmente o nosso bebé real reencontra-se com o nosso bebé imaginário. É o momento do reconhecimento (pois já conhecemos e estabelecemos uma profunda e amorosa relação com o nosso filho in útero) …Finalmente, nasceu o bebé mais querido e mais desejado do mundo, com o qual pai e mãe sonharam durante meses a fio, sendo, ainda antes de ser, o centro das atenções e o assunto recorrente da conversa entre os dois.

Numa primeira fase, embora pese o cansaço provocado pelo esforço do parto, ou a nostalgia habitual por que todas as mães passam a seguir, o bebé é motivo de alegria entre o casal, como são sempre motivos de alegria as novidades que chegam ás nossas vidas. Mesmo exigindo muita atenção e cuidados permanentes o espanto que provoca descobri-lo parece compensar as «partes menos boas». Os esforços, os sustos, as dúvidas, as cólicas, o choro, as insónias… Parece até que o bebé veio retemperar o amor que sentiam um pelo outro, dar-lhe novo rumo e novo alento, como se pudesse uni-los para sempre…

Um bebé obriga, de facto, qualquer casal a reformular padrões e referências, horários e hábitos, atitudes e gestos, prioridades e pormenores. Obriga-os a uma reorganização dos afectos onde a presença de um filho actue como um complemento à união pré - existente, em vez de se tornar motivo constante de discussão e discórdias. Obriga à partilha, não só de tarefas, mas também de responsabilidades. E para que possa funcionar como parte do tal triângulo que sonhámos amoroso e perfeito, é absolutamente necessário que «fique do lado de fora» da relação em certas alturas, para que pai e mãe possam ter os seus momentos a dois e o seu espaço de intimidade.

«Na altura do nascimento de cada filho, o casal tem que reconstruir os seus laços, redefinir as suas relações e as relações com o exterior», tudo para que o bebé no meio dos dois seja, afinal, um elo de ligação e não um obstáculo ao sonho de construir uma família…

16 de junho de 2010

Os laços que nos unem

Por vezes banalizamos a nossa passagem pela vida dos outros, a própria vida encarrega-se disso neste corre-corre diário, que nos afasta de todos os alguéns que em determinada altura já fizeram parte do nosso pequeno mundo.
Mas, que surpresa!
Lá vem um e-mail, uma foto, um olá em qualquer esquina de rua ou até um breve comentário no facebook. E de novo a pergunta “ enfermeiras, já não se lembram do meu bebé, já está tão grande, não é?”.
Mas queremos que todas as “nossas” mães acreditem que jamais as esquecemos, em cada novo grupo, o rever de faces ansiosas, ouvir as mesmas dúvidas e reencontrar os vossos sorrisos é prova disso.
E sabem, vão morar sempre nos nossos corações, porque cada uma de vós já faz parte da nossa pequena história.
Alguém disse que “ Ser um mestre inesquecível é formar seres Humanos que farão a diferença no Mundo”, e sabem, concordamos em absoluto, porque é com pequenos gestos que todos vamos participar na construção de um futuro melhor.

Não concordam?

Boas férias e um beijinho da equipa Enfr. Maria José e Rosamaria


21 de abril de 2010

Banco Público de Células Estaminais


O que se retira do cordão umbilical de um bebé.

O cordão umbilical contem "células- mãe", que podem ser usadas como "sementes" para produzir células da medula em receptores compativeis, em caso de leucemias, ou quando há falta de produção dessas células.

O que é, como funciona e para que serve.
Em que consiste.

O Banco Publico de Células do Cordão Umbilical assenta na dadiva e funciona num sistema universal, em que todos poderão recorrer às células estaminais armazenadas atrávés do processo de criopreservação.
O sangue do cordão é valido, porque é uma fonte de células estaminais- as bases essenciais do sistema sanguíneo, nervoso e imunitário.

Banco de células estaminais-> Os pais, voluntáriamante, autorizam, no momento do parto a recolha e dádiva do sangue do cordão umbilical->Fica acessível a todas as pessoas que precisarem ( em tudo semelhante a um banco de sangue).

O que é a Criopreservação

É um processo de congelação a temperaturas criogénicas ( normalmente recorrendo a azoto liquido). As células estaminais para se manterem viáveis por vários anos têm de ser preservadas a temperaturas abaixo dos 180º C negativos.

A diferença relativamente aos bancos de células do cordão umbilical, é que quem dá não espera nada em troca. Se precisar nada garante que as células que vai receber sejam as suas.

9 de fevereiro de 2010

Sugestões de alguns desportos que se podem praticar durante a gravidez e outros a evitar.

Quais os que deve praticar?

_Natação
_Passeios a pé
_Jogging ( sem esforçar)
_Andar de bicicleta ( em terreno plano e a um ritmo moderado )


Quais os desportos a evitar?

_Ski
_Desportos de combate (judo, karaté)
_Equitação
_Aeróbia
_Desportos onde exista risco de queda.

3 de fevereiro de 2010

9 Boas razões para fazer exercício

1 - A ginástica e os desportos fazem maravilhas pela futura mamã. Actuam fundamentalmente no sistema cardiovascular da grávida, que nesse período tem um volume muito maior de sangue em circulação e ajudam na oxigenação das células.
2 -Alem de melhorar a circulação, a ginástica proporciona um estado de relaxamento que é fundamental nesta fase. O organismo está a ser submetido constantemente a situações naturais de stress e emoções.
3 - Ao fazer exercício, a grávida vai adquirindo uma maior percepção do seu próprio corpo. Essa consciência faz com que compreenda melhor todas as transformações que estão a ocorrer, se sinta mais segura e esteja mais preparada para o parto.
4 - A ginástica, quando é praticada com frequência, ajuda a queimar calorias e, consequentemente, impede que engorde muito para alem do necessário.
5 - O corpo em movimento garante um melhor funcionamento dos intestinos, que durante o período da gravidez e no pós-parto, costumam ficar “preguiçosos “.
6 - Os exercícios constantes aumentam a capacidade pulmonar e também ajudam a controlar o ritmo da respiração.
7 - A ginástica fortalece os músculos das pernas e da barriga, favorece o bom posicionamento da coluna e ajuda a suportar melhor o bebé.
8 - Com a musculatura fortalecida, o seu desempenho no momento da expulsão do bebé durante o parto será certamente melhor. A recuperação pós-parto também é muito mais rápida numa mulher que tenha praticado exercício físico durante a gravidez.
9 - Exercícios constantes dão uma maior flexibilidade ao corpo e também contribuem com uma dose de energia extra. A boa forma física deve ser uma meta a alcançar por todas as futuras mamãs.

26 de janeiro de 2010

Como deverá ser a distribuído o aumento de peso ao longo da gravidez?

Este aumento de peso é muito discreto nos primeiros meses acentuando-se no último trimestre:
-Durante os primeiros 4 meses - cerca de 1,5 – 2 kg

- 5º e 6º mês – 3kg

-Ultimo trimestre – 6 kg

Esta situação reflecte o desenvolvimento do bebé que evolui lentamente no início ganhando depois peso de uma forma muito mais acentuada.
_ Às 10 semanas pesa cerca de 500g

_ Às30 semanas pesa cerca de 1,5 kg (aumento de 300 vezes!)

_ Às 40 semanas pesa em me media cerca de 3.5kg

O acréscimo de peso no final da gravidez resulta da soma dos seguintes factores

Peso do bebé + -3,5kg

Placenta, liquido amniótico e outras alterações fisiológicas + -4kg

Gordura de reserva (destinada à amamentação) + – 3,5kg

12 de janeiro de 2010

Que exames terei de fazer no terceiro trimestre?

De acordo com a sua situação, poderão ser solicitados os seguintes exames ou análises:
• Hematócrito/hemoglobina.
Esta análise ao sangue relativa à anemia será realizada no terceiro trimestre. (Se tiver efectuado esta análise quando efectuou o teste da glicemia e se os resultados tiverem sido normais, é possível que não tenha de repetir agora.)
• Rastreio da diabetes gestacional.
Se o teste da glicemia tiver sido normal no segundo trimestre, já não precisa de fazer mais nada. Contudo, se ainda não tiver feito este teste, ou se o teste tiver revelado resultados anómalos e ainda não tiver efectuado o teste de tolerância à glicose, esta é a altura para fazê-lo.
• Rastreio de anticorpos anti-Rh.
Se o seu sangue é Rh negativo, o rastreio dos anticorpos será repetido (normalmente ao mesmo tempo do teste da glicemia) e, às 28 semanas, receberá uma injecção de imunoglobulina anti-D. Esta irá impedir o desenvolvimento de anticorpos que constituiriam um risco para o bebé se parte do sangue do bebé entrasse na sua corrente sanguínea durante este trimestre.
• Análises a infecções sexualmente transmissíveis.
Se o seu risco de contrair estas doenças for elevado, o seu médico realizará culturas do colo do útero para detectar clamídia ou gonorreia e solicitará uma análise ao sangue para rastreio da sífilis. É sensato fazer igualmente a análise para o VIH, caso haja alguma possibilidade de o ter contraído desde a primeira análise.
• Análise ao estreptococo do grupo B.
Entre as 35 e as 37 semanas, será submetida a uma análise que pretende verificar a existência de estreptococos do grupo B (SGB) na vagina e no recto. Se as culturas tiverem resultado positivo, não receberá tratamento de imediato, dado que o tratamento precoce não constitui garantia de que as bactérias não possam regressar, fará sim antibioterapia quando entrar em trabalho de parto ( risco do estreptococo do grupo B provocar no bebé infecções graves).