21 de janeiro de 2009

COMO É QUE SEI QUE ESTOU EM TRABALHO DE PARTO



O parto é o momento mais esperado durante toda a gravidez. Nas últimas semanas poderá começar a sentir a “descida” da barriga.
Os primeiros sinais de início de trabalho de parto são:
Expulsão do Rolhão Mucoso, que consiste na eliminação, pela vagina, de muco gelatinoso, rosado ou acastanhado. A sua expulsão pode ocorrer dias ou horas antes do parto e significa que o nascimento estará para breve.
Rotura da Bolsa de Águas, que é a saída de líquido amniótico pela vagina, devido à rotura das membranas que envolvem o bebé. Pode sair lentamente ou de repente, em grande quantidade. Normalmente, é claro e transparente. Nesta situação deve dirigir-se ao hospital da sua área de residência o mais rapidamente possível.
Contracções Uterinas Regulares - No início do trabalho de parto, as contracções são irregulares (isto é, os intervalos não são certos) e são pouco frequentes. Começa por sentir que a barriga fica rija, podendo não haver dor. Progressivamente, vão-se tornando mais regulares, mais intensas e mais próximas. Quando as contracções forem regulares, com intervalos de dez minutos, deve dirigir-se à maternidade.
Atenção! Nas últimas semanas de gravidez é comum ocorrerem contracções irregulares e indolores, sem que isto signifique o início do trabalho de parto.
O que é que acontece no parto?
O parto é constituído por três etapas: dilatação, expulsão e dequitadura.
Dilatação: O colo do útero, por onde o bebé passa para sair, começa a encurtar e a dilatar até cerca de dez centímetros. As contracções tornam-se cada vez mais regulares e próximas. É o período mais demorado do trabalho de parto, podendo demorar de 12 a 16 horas, por vezes mais, num primeiro filho.
Se lhe apetecer levantar e andar, pergunte à enfermeira se o pode fazer. Quando estiver deitada, procure virar-se para o lado esquerdo, para facilitar uma melhor oxigenação do feto.No início e durante a contracção, deve inspirar profundamente pelo nariz, como se estivesse a “cheirar uma flor ”, e expelir o ar pela boca, como para “apagar uma vela”. Quando a contracção terminar, inspire e expire profundamente. No intervalo das contracções, respire normalmente, relaxando o mais possível.
Expulsão: Começa quando a dilatação estiver completa. Pode demorar de 20 a 40 minutos no primeiro filho. O feto desce ao longo da bacia e acaba por sair para o exterior através da vagina e da vulva. Pode ser necessário efectuar um pequeno corte do períneo (espaço entre a vagina e o ânus), para facilitar a saída do feto e evitar “rasgaduras” perineais ou do ânus.
A sua ajuda na fase de dilatação é preciosa. Procure seguir as instruções que lhe são dadas.
Em cada contracção, inspire profundamente e, depois, não deixe sair o ar enquanto faz força. A seguir, expire. Aproveite o intervalo entre duas contracções para descontrair e recuperar as forças.
Dequitadura: Depois do nascimento do bebé, a placenta e as membranas que envolveram o feto saem por si (se não saírem, o médico tira-as). Deve permitir que lhe massajem a barriga para ajudar a placenta a desprender-se do útero.
A seguir, se tiver sido necessário cortar o períneo durante o parto, há que fazer a sutura (coser) do corte. Não vai doer porque a zona estará anestesiada.
Após o parto, deve ficar deitada de barriga para cima. Se sentir que está a perder muito sangue, chame a enfermeira.
O que é a anestesia epidural?
É uma técnica utilizada para o tratamento da dor no parto. Consiste na introdução de um cateter (tubo) na coluna lombar (espinha), através do qual são administrados os medicamentos.
Este procedimento não é doloroso para a grávida, porque antes é feita uma anestesia local da pele. No entanto, a sua colaboração é preciosa para o sucesso da técnica. Colabore com a enfermeira e a anestesista, fazendo o que elas lhe recomendarem.
Após a analgesia, as contracções do útero e o trabalho de parto continuam a evoluir. Estará desperta, mas sem dores. Vão sendo dadas doses de analgésico, de duas em duas horas, ou sempre que se julgue necessário, até o bebé nascer. Deste modo, estará pronta a colaborar e a fazer a força necessária para o nascimento do bebé, sem a dor incomodativa.
Que cuidados devo ter após o parto?
Os cuidados de higiene pós-parto são importantes para o seu bem-estar e para acelerar a cicatrização do períneo.
Cerca de seis horas após o parto, uma enfermeira irá ajudá-la a levantar. Se não sentir tonturas ou dores de cabeça fortes, pode ir à casa de banho e caminhar um pouco. Podem colocar-lhe um saco com gelo na zona da sutura (costura), nas primeiras 24 horas pós-parto, para ajudar a reduzir o edema (inchaço) da zona e facilitar a cicatrização.
É importante tomar banho diário, manter limpa a zona genital e mudar com muita frequência (de quatro em quatro horas) os pensos higiénicos. É normal, nos primeiros dias a seguir ao parto, ter perdas de sangue vaginal que, a pouco e pouco, vão diminuindo de quantidade.
Aproveite para descansar nos períodos em que o bebé dorme, deitando-se, de vez em quando, de barriga para baixo.
Antes de regressar a casa esclareça todas as suas dúvidas e informe-se sobre quando levar o bebé para efectuar o “teste do pézinho”, à primeira consulta do pediatra e como registá-lo.
É normal que se sinta ansiosa, insegura e com alterações repentinas de humor e disposição durante as primeiras semanas após o parto. Mas se esses sintomas persistirem ou se agravarem deverá falar com a equipa médica que a acompanha.
O que acontece ao meu corpo? Vou voltar a ter o corpo que tinha antes de engravidar?
O seu corpo modificou-se com a gravidez, mas poderá voltar ao normal, se tomar alguns cuidados. Mantenha uma alimentação equilibrada e beba muitos líquidos. Mesmo a amamentar, não precisa de “comer por dois”. Logo que se sinta com disposição, pode fazer alguns exercícios (mesmo em casa), que ajudarão a recuperar a forma.
Como posso prevenir uma nova gravidez?
Na última consulta de gravidez peça para que seja marcada uma consulta de revisão do parto, que deverá ter lugar entre quatro a seis semanas após o parto. É muito importante para a sua saúde. Aconselhe-se sobre o método contraceptivo mais adequado à sua situação com os profissionais de saúde.
Estar a amamentar não impede que fique novamente grávida. Muitas mulheres ficam grávidas por acreditarem nisso. Por si própria, também, é importante espaçar os nascimentos.

5 de janeiro de 2009

O PARTO


No principio somos assim: Representamos a continuidade da espécie, somos a herança da família, nascemos da mãe e quando chegamos, conquistamos todos com o nosso terno olhar.
Para chegar vencemos a 1ª grande batalha, o Parto