18 de maio de 2012

Cuidados a ter com o sol

O Sol dá-nos luz, calor, alegria e energia! Mas também pode ser muito perigoso!

Se não tivermos cuidado, o sol pode provocar: desidratação, insolação, queimaduras, descamação, dor, pele vermelha, entre outras.

A desidratação acontece quando o nosso corpo perde água e sais minerais. A água é muito importante para o nosso organismo. Nos dias de calor transpiramos mais e perdemos mais água. Para não desidratarmos, é importante bebermos muita água.

A insolação acontece quando estamos muito tempo ao sol. A desidratação é muito grave e afecta o corpo todo. A insolação caracteriza-se por pele quente, húmida e avermelhada, suores, dor de cabeça, vontade de vomitar e cansaço. Para que isso não aconteça devemos evitar estar muito tempo ao sol, não fazer grandes esforços físicos nos dias de maior calor e beber muita água.

A exposição directa ao sol pode provocar queimaduras. Nas queimaduras são frequentes a pele quente, vermelha e seca, dor ou ardor e bolhas.

Existem certas zonas de alto risco, que devemos proteger mais do que o normal, durante a exposição ao sol. São elas: o rosto, o contorno dos olhos, os lábios, o nariz, as maçãs do rosto, o peito, as virilhas, a parte interna dos joelhos, os ombros, e as costas. Proteger o rosto atrasa o processo de envelhecimento produzido pelos raios solares. Óculos de sol, com lentes à prova de raios solares, são bastantes úteis .

Porque os lábios são revestidos por pele muito fina, é importante protegê-los com batom apropriado. O nariz, devido a ser a parte mais saliente do rosto, tem tendência a avermelhar, recomendando-se protecção extrema. Normalmente os ombros e as costas são as zonas mais expostas ao sol, portanto, mais sujeitas a queimaduras. A barriga é a zona menos sensível, mas nunca devemos esquecer de a proteger.

A exposição ao sol pode causar lesões na pele, nomeadamente uma forma grave de cancro, muitas vezes mortal, conhecida como melanoma. Por isso:

• Faça uma exposição progressiva ao sol, começando por período curtos nos primeiros dias;

• Evite a exposição aos raios solares mais fortes (entre as 11 horas e as 16h30);

• Use óculos escuros que ofereçam uma protecção eficaz;

• Utilize sempre um protector solar adequado à sua pele e aplique-o 30 minutos antes de se expor ao sol,para que tenha tempo de penetrar na pele;

• Volte a aplicar o protector durante o dia, principalmente depois de ir à água;

• Não use perfume  ou cosméticos que contenham álcool: tornam a pele mais sensível ao sol;

• Beba líquidos com frequência, pois ajudam a hidratar o corpo e a pele.

Cuidados especiais com as crianças:

• Aplicar sempre um creme com factor de protecção igual ou superior a 50;

• Os bebés até 1 ano devem estar pouco tempo na praia ou na piscina e sempre à sombra;

• Depois desta idade, as crianças já podem estar ao sol, mas não devem ficar paradas;

• Devem usar chapéu e tshirt.

Estas medidas de protecção devem ser tomadas mesmo que:

• O céu esteja nublado, porque as radiações atravessam as nuvens;


• Permaneça debaixo de um toldo ou chapéu-de-sol, onde os raios solares incidem de forma indirecta;


• Haja vento ou esteja dentro de água, num barco ou colchão, pois os riscos mantêm-se, apesar da sensação de frescura

Portal da Saúde Administração Central do Sistema de Saúde

14 de maio de 2012

A ÁGUA E A GRAVIDEZ

É a mãe quem fornece ao bebé toda a água de que ele vai precisar. Entre esta água encontra-se aquela que entrará na constituição das células e de todos os órgãos do corpo do bebé. Encontra-se, também, a água necessária à formação do líquido amniótico: o precioso “aquário” que o protegerá e nutrirá ao longo dos nove meses em que estará na barriga da mãe. As mães têm, assim, todas as razões para estarem atentas à respectiva hidratação.

Hidratação materna e bem-estar do bebé
O papel do líquido amniótico
A água e a saúde na gravidez
Mais peso… e mais água

Hidratação materna e bem-estar do bebé
Para avaliar o bem-estar do feto, ainda na barriga da mãe, fazem-se diferentes testes: medição do ritmo cardíaco, avaliação dos movimentos respiratórios e, um dos mais importantes, medição da quantidade de líquido amniótico. De facto, alguns investigadores descobriram que o volume de líquido amniótico pode aumentar se a mãe beber água, o que resulta numa melhor oxigenação do bebé. É, por isso, necessário assegurar que a mãe beba água suficiente ao longo de toda a gravidez.

O papel do líquido amnióticoA quantidade de líquido amniótico está directamente relacionada com a hidratação materna.
No ventre materno, é este líquido que protege o bebé, mantendo-o a uma temperatura constante de 37º C, evitando infecções e minimizando o impacte de choques físicos. O líquido é fundamental para o bem estar do feto e é preciso estar atento às variações que apresente ao longo da gravidez. A quantidade de líquido aumenta proporcionalmente ao peso do bebé, durante os primeiros cinco meses, atingindo o pico aos oito meses (800 ml a um litro) e diminuindo depois ligeiramente.

As principais funções do líquido amniótico são:

- protecção (térmica, mecânica e anti-infecciosa) do feto;

- desenvolvimento dos pulmões e dos membros (permite ao bebé movimentar-se).

A água e a saúde da grávida

A gravidez põe a mulher sob vigilância: qualquer alteração no organismo da mãe pode afectar o bebé. Várias investigações já provaram que uma boa hidratação diminui os riscos de infecções urinárias, mais
frequentes nas mulheres grávidas devido às modificações do aparelho urinário. E a verdade é que as infecções urinárias podem, em certos casos, ser a causa de um nascimento prematuro. Uma hidratação correcta previne, ainda, as prisões de ventre: com a gravidez, o intestino fica comprimido, o que pode dificultar o trânsito intestinal. Beber muita água e consumir fibras alimentares, presentes nas frutas e legumes, pode ser a solução.

Mais peso… e mais água

Ao longo da gravidez, o organismo da mãe sofre alterações fisiológicas para responder às novas necessidades e a levar ao feto as substâncias indispensáveis ao desenvolvimento. O aumento da água é uma das modificações mais importantes: durante a gravidez, a mãe é capaz de reter entre quatro e seis litros de água para assegurar as necessidades do bebé. As trocas de água entre o líquido amniótico e a mãe são incríveis: estima-se que corresponda a cerca de 460 ml por hora…
( CENTRO conhecimento da ÁGUA )

4 de maio de 2012

Extrair e conservar o leite

Algumas vezes pode ter necessidade de extrair o seu leite.

Tal como os outros alimentos, o leite materno também pode ser conservado no frigorífico ou congelado.
Veja abaixo os tempos de conservação do leite materno às diferentes temperaturas.
Extrair o leite materno pode ser necessário para:
Ajudar o bebé a agarrar ao peito, se a mama estiver demasiado cheia;
Se a mãe sente os peitos muito cheios e desconfortáveis;
Se o bebé é demasiado pequeno ou doente para se alimentar ao peito;
Se precisa de estar longe do bebé durante algumas horas (ou se está de regresso ao trabalho);
Para aumentar a sua produção de leite.
Métodos para extrair o leite materno:
1-Extracção manual
2-Extracção com bomba manual
3-Extracção com bomba eléctrica
Há vários modelos de bombas para extracção de leite materno.
Nota importante: As bombas em formato de "buzina de bicicleta" (com uma "pêra" de borracha semelhante à dos aparelhos de medir tensão arterial) são desaconselhadas porque podem traumatizar o mamilo e também porque são as menos higiénicas.
Qualquer que seja o método utilizado, deve seguir estes passos:
1-Lave bem as mãos;
2-Procure um local sossegado onde esteja confortável e descontraída;
3-Tenha o seu bebé perto de si, ou olhe para uma fotografia dele;
4-Faça uma suave massagem no peito, de forma circular, com a ponta dos dedos, para ajudar o leite a fluir.
5-Estimule suavemente os mamilos rodando-os entre os dedos;
6-As peças da bomba (caso use uma) e o frasco ou biberão onde vai armazenar o leite, devem ser lavados com água quente e detergente e esterilizados.
Extracção manual do leite materno
1-Coloque o polegar na aréola acima do mamilo e o indicador, na aréola por baixo do mamilo, em oposição ao polegar.
2-Mantendo os dedos no mesmo lugar na pele, pressione o polegar e o indicador um pouco para dentro, contra as costelas.
3-Mantendo esta suave pressão em direcção às costelas, pressione a aréola atrás do mamilo, entre o polegar e o indicador, facilitando a saída do leite dos reservatórios até ao mamilo.
4-Pressione e solte, pressione e solte.
Isto não deve doer – se doer, a técnica está errada.
Pode demorar 1 ou 2 minutos até o leite começar a sair.
5-Pressione a aréola da mesma forma também na sua parte lateral para que o leite seja retirado de todos os segmentos da mama.
6-Alterne as mamas cada 5 minutos ou quando diminuir o fluxo de leite. Lembre-se de repetir a massagem.
7-A quantidade de leite que se obtém em cada extracção pode variar.
8-Não se deve avaliar a produção de leite pela quantidade que se pode extrair.
9-De um modo geral, durante a manhã consegue extrair-se mais leite do que durante a tarde.
Conservar o leite
À temperatura ambiente durante 6 horas, tendo em atenção a epoca quente do ano;
No frigorífico (0 a 4º) durante 48 horas;
No congelador (dentro do frigorífico) durante 1 semana;
No congelador (independente do frigorífico) ou na arca congeladora durante 3 meses.
Atenção! Estes tempos de conservação do leite não são acumuláveis: não se pode, por exemplo, deixar o leite 10 horas à temperatura ambiente, depois dois dias no frigorífico e depois congelá-lo por 3 meses.
Quando congelar o leite deve sempre colocar uma etiqueta com a data
Descongele lentamente, deixando-o no frigorífico;
Agite o recipiente com leite em água quente, mas não a ferver (por exemplo, debaixo da torneira, com água corrente);
Não recomendamos o uso do microondas;
Depois de descongelado use-o dentro de 24 horas;
Não volte a congelar o leite que já descongelou

Fonte: "Successful Breastfeeding", Royal College of Midwives, 3rd Edition